Palestra
O uso do BIM (Building Information Modelling) vai ganhar força no país nos próximos anos, impactando a cadeia da construção e elaboração e gerenciamento de projetos. Um acordo assinado entre o governo brasileiro e o britânico no final de 2016 deve impulsionar a aplicação dessa metodologia pelas empresas do setor. “Já há estudos para mudanças na Lei de Licitações para que o BIM seja exigido nesses certames”, afirmou Gustavo Carezzato, arquiteto e urbanista formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e mestrado em Arquitetura Digital pela University of Melbourne (Austrália) com ênfase na produção de projetos em BIM.
O especialista falou sobre conceitos, aplicações e tendências do BIM durante palestra promovida pela Apecs e o Sinaenco, no dia 21 de fevereiro. Cerca de 100 pessoas participaram do encontro na sede do sindicato. “Queremos oferecer aos nossos associados as tendências do mercado. Esse encontro reforça nosso compromisso de atualização das equipes técnicas das empresas que compõem a Apecs”, destacou Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da associação.
Durante o encontro, Carezzato explicou que o BIM não é uma ferramenta, mas uma metodologia de trabalho que coloca em evidência tudo o que está sendo projetado em um ambiente comum de informação. Ele pontuou as vantagens desse novo método. Entre elas, estão: melhoria da comunicação entre os envolvidos; redução do retrabalho; redução das inconsistências entre projetos; melhoria na coordenação entre documentos e melhoria na coordenação espacial entre disciplinas.
O arquiteto e urbanista explicou que o BIM já é uma realidade no país e deve, cada vez mais, ser solicitado em licitações tanto entre clientes públicos como entre os clientes do setor privado. Segundo ele, a implantação da metodologia oferece vários desafios para as empresas. “Precisamos olhar o manual interno para ver se precisa de adaptação ou até mesmo se precisamos criar novas normas”, exemplificou Carezzato.
Segundo o arquiteto, a nova metodologia pode ser conhecida por meio de quatro pilares: os envolvidos precisam pensar em fluxo e processo; é necessário criar guias e regras para deixar claro para todos como deve ser feito, quando e a responsabilidade de cada um no processo; a tecnologia é um ponto importante como ferramenta de trabalho, além de banco de dados e a formação das pessoas participantes, por meio de treinamento que contribuam para a mudança de cultura na empresa.
Fonte: Assessoria de Imprensa ExLibris
Fotos: Isamara de Souza/APECS