O setor de infraestrutura vem aos poucos retomando o crescimento nos diversos setores, como o saneamento básico. O avanço dos processos de concessões na prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, por exemplo, já traz reflexos nessa indústria.
Entre os sinais positivos, o Índice Abdib-Vallya de Infraestrutura registrou alta de 0,5% em julho de 2021 em comparação com junho deste, excluindo os efeitos sazonais. Segundo a Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base), o crescimento veio em linha com a expectativa de continuidade na retomada do setor de infraestrutura influenciada, neste segundo semestre, pelo aumento do ritmo de vacinação e a aberturadas atividades econômicas.
Na avaliação de um ano da aprovação do novo marco legal do saneamento, a Abcon/Sindicon estimou que mais de R$ 60 bilhões em investimentos foram viabilizados em leilões sob a nova legislação, com a atração de novos players.
A perspectiva é de atração de novos investimentos para os próximos anos. O Ministério da Infraestrutura, por exemplo, promoveu, no início de outubro, um roadshow em Nova Iorque. A proposta da iniciativa era assegurar, pelo menos, R$ 260 bilhões em investimentos privados a longo prazo até o fim de 2022.
No mesmo período, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) assinou memorando de cooperação técnica com a British Water, principal organização representativa da cadeia de abastecimento da indústria de água e esgoto no Reino Unido. A iniciativa tem como propósito atrair investimentos privados para ação de saneamento a serem realizadas no Brasil.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou a captação de R$ 500 milhões junto ao New Development Bank (NDB). Os recursos financeiros serão aplicados no financiamento de projetos que promovam a redução da emissão de gases poluentes e a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. O empréstimo será destinado a projetos nos setores de resíduos sólidos, cidades sustentáveis, energias renováveis, entre outros.
Com informações: Abdib, Abcon/Sindicon, Ministério da Infraestrutura, Ministério do Desenvolvimento Regional e BNDES.