Uma cerimônia na noite de domingo (19/11) marcou o início do 310 Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Com o tema “Cidades Inteligentes conectadas com o saneamento e o meio ambiente: desafio dos novos tempos” é o tema do evento deste ano, que tem apoio institucional da Apecs.
Luiz Henrique Bucco, Presidente do 310 Congresso da ABES, destacou os desafios para a realização do evento em um período marcado pela pandemia e ressaltou a importância do tema do evento: “Discutiremos o desafio de tornar as cidades inteligentes, conectadas, resilientes e conectadas considerando os pilares do saneamento básico como base para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas”.
Fernanda Rodrigues de Moraes, representante da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), anunciou que a instituição trabalha com novas tecnologias para enfrentar os novos desafios do novo marco: “Dentro dessas novas atribuições, a Funasa tem papel muito relevante nas áreas rurais e bem como áreas que possivelmente haverá um vácuo de atuação”.
Cristiane Dias, Presidente da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), ressaltou as novas funções da instituição com a aprovação do novo marco legal do saneamento: “Procuramos desenvolver essa nova atribuição de forma bastante transparente, com previsibilidade, visando sempre trazer uma certa padronização, uniformização para o setor, e assim alcançarmos uma maior segurança jurídica”.
“A cidade deve existir para as pessoas e não as pessoas para as cidades”, destacou Benedito Braga, presidente da Sabesp. Segundo ele, o planejamento é essencial para os municípios, que devem levar em consideração os quatro “Is”: inteligência, informação, inovação e integração. “É preciso sempre pensar com antecedência e acompanhar o crescimento dos municípios trabalhando com dados, prevendo cenários, analisando tendência e o gerenciamento de incertezas para promover a evolução saudável da cidade”, disse Braga.
Alceu Guérios Bittencourt, presidente da ABES, ressaltou os impactos da pandemia do novo coronavírus, principalmente na parcela mais vulnerável da população: “São as que mais sofrem o efeito direto da doença e também suas consequências econômicas. Ficam evidentes as injustiças da nossa perversa distribuição de renda e das más condições de moradia e de saneamento em que vive grande parte da população brasileira. Isso destaca a responsabilidade que temos como profissionais do saneamento”. Segundo ele, o saneamento é uma das áreas mais complexas do setor de infraestrutura, o que exige força e ação integrada do setor público: “Por isso, a ABES tem se manifestado de forma veemente contra as outorgas vultuosas pagas no início dos ciclos contratuais, que tem caracterizado os processos de licitação e de concessões recentes”.
Confira a íntegra do evento:
https://www.youtube.com/watch?v=tJXnBXsjH1M
Fotos: ABES-SP