A Sabesp vem ampliando os serviços de saneamento básico na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) por meio do Projeto Tietê. Desde 1992, o índice de coleta de esgoto saiu de 70% para 92%, hoje. Já o tratamento do esgoto coletado saltou de 24% naquele ano para 83%, atualmente.
Os serviços atendem a 12,4 milhões de pessoas, população similar a de Londres e Paris, somadas. Ao todo, a Sabesp investiu US$ 3,1 bilhões nas obras, construindo no período 4.650 km de redes coletoras, coletores-tronco e interceptores de esgoto. Em linha reta, é o mesmo que implantar tubulação de São Paulo até Bogotá, na Colômbia.
Mancha de poluição
De acordo com a SOS Mata Atlântica, a mancha de poluição do Rio Tietê alcança hoje 85 km. Em 2020, essa mancha tinha 150 km. No início dos anos 1990, ela se estendia por mais de 500 km. Além da redução da mancha, houve aumento dos trechos do rio com qualidade boa: hoje são 124 km ante 94 km no ano anterior.
O trabalho realizado pela Sabesp no Projeto Tietê vem contribuindo para a diminuição dessa mancha, que apresenta tendência de queda histórica desde a década de 1990, ainda que com flutuações momentâneas. A limpeza de rios não depende só do saneamento. O descarte adequado do lixo por toda a sociedade e a coleta regular do lixo pelas prefeituras são fatores fundamentais para a melhoria gradativa das águas, assim como o controle do uso e ocupação do solo, principalmente nas várzeas dos rios e córregos.
Tecnologia
As obras realizadas pelo Projeto Tietê, em sua maior parte, são subterrâneas. Aquelas obras que ninguém vê e, quando tem a oportunidade de conhecer, se surpreende. Tubulações implantadas até mais de 20 metros de profundidade, que se deparam com interferências subterrâneas, ao lado de grandes avenidas, rios, mas também em espaços mínimos, no meio de um conglomerado de imóveis, o que torna o desafio ainda maior. Método subterrâneo com tecnologia de ponta perfura o subsolo para implantar, com o menor impacto possível para os transeuntes e motoristas, tubulações de grande porte que levam o esgoto coletado dos imóveis até uma estação de tratamento de esgotos por quilômetros da nossa metrópole.
Soluções
A ampliação da infraestrutura de saneamento na Região Metropolitana tem como um dos principais desafios as ocupações informais, que são resultado do crescimento desordenado das grandes cidades. Para fazer frente a isso, a Sabesp tem adotado soluções inovadoras para atender bairros e comunidades que cresceram em cima de córregos e rios. Um exemplo é a Comunidade Vietnã, no entorno do córrego Águas Espraiadas e onde a Sabesp já iniciou obras para levar coleta e tratamento de esgoto. Serão beneficiadas mais de 1,2 mil residências com 2,5 km de tubulações.
Novo Rio Pinheiros
Outra importante frente de trabalho da Sabesp é o programa Novo Rio Pinheiros, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo com coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. A meta até o fim de 2022 é reduzir o esgoto lançado em seus afluentes, melhorar a qualidade das águas e integrá-lo à cidade.
Desde 2019, já foram conectados à rede de esgoto perto de 400 mil imóveis, o que corresponde a 75% da meta de 533 mil imóveis, beneficiando 1,2 milhão de pessoas com saneamento – ou a população de uma cidade do porte de Campinas.
O programa tem ainda participação de Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e da Prefeitura de São Paulo. A Sabesp é responsável pelo eixo de saneamento e investe ao todo R$ 1,7 bilhão no programa, beneficiando com mais saúde e qualidade de vida uma população de 3,3 milhões de pessoas na região da bacia do rio Pinheiros em São Paulo, em Embu das Artes e em Taboão da Serra. As obras da Sabesp no programa devem gerar 4,1 mil empregos.
Fonte: Governo do Estado de São Paulo