O leilão para o saneamento de água e esgoto nos 16 municípios do Estado do Amapá foi mais um passo para o avanço do saneamento no país. O Consórcio Marco Zero, formado pelas empresas Equatorial Participações e Investimentos e Sam Ambiental Engenharia, venceu o leilão de concessão da prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário – atualmente prestados pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa). O grupo apresentou proposta com um deságio de 20% em relação à tarifa de referência, além de outorga de R$ 930.008.000,00, 1.760% acima do valor mínimo estipulado pelo edital. O leilão foi realizado no dia 2 de setembro, na B3, em São Paulo.
O certame do Amapá é o maior projeto de concessão no setor já realizado na região Norte e se soma a outros que vêm sendo realizados em diversos estados brasileiros. Em setembro do ano passado, o leilão para a concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Maceió (AL) vai beneficiar 1,5 milhão de habitantes em 13 cidades. Em outubro de 2020, também se realizou o leilão da PPP de Cariacica/ES. E em abril de 2021, ocorreu o leilão para concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de 29 municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Até o fim de 2021, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estrutura projetos para saneamento básico em pelo menos outros sete estados brasileiros, com investimentos previstos na ordem de R$ 63 bilhões, que beneficiarão diretamente mais de 44 milhões de brasileiros.
De acordo com estudo do BNDES, com base em cinco projetos de concessão que somam R$ 38 bilhões em investimentos, mostra encomendas de R$ 11 bilhões para a indústria com as novas demandas. Segundo a Abcon/Sindicon, o novo marco regulatório e as concessões e parcerias público-privadas devem alcançar encomendas de mais de R$ 140 bilhões para fabricantes de máquinas e equipamentos nos próximos anos até 2033, ano do alcance das metas estabelecidas pela lei do saneamento.
Fontes: BNDES – Abcon/Sindicon.