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SP pode destinar parte da tarifa para proteção aos mananciais

A proteção aos mananciais poderá ser financiada a partir das tarifas de água pagas pelos consumidores atendidos pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A possibilidade foi aberta na última revisão da estrutura tarifária da empresa, concluída em abril pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo).

 

Guilherme Checco, coordenador de pesquisa do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade), afirmou que a Arsesp deve dar prosseguimento ao processo tão logo receba resposta de uma consulta enviada no final do ano passado para a Procuradoria Geral do Estado.

 

A expectativa é que seja emitido um parecer que ratifique a competência da agência reguladora para determinar a destinação dos recursos tarifários para proteção dos mananciais.

 

Apesar de o projeto ter um pequeno potencial de aumento na conta de água para parte dos consumidores, Checco avalia que se trata de um investimento com retorno. “Do ponto de vista estritamente financeiro, viabilizar esses recursos para essa finalidade é uma decisão lógica, no sentido de que [a água] é um recurso finito que se a gente não cuidar, vai acabar”, ressalta.

 

Em 2019, o Instituto Data Folha realizou uma pesquisa, em parceria com o IDS e apoio da Sabesp, mostrando que 68% dos entrevistados concordariam em pagar mais pela água, se o valor extra fosse usado na universalização do saneamento básico. A maioria dos consumidores da cidade de São Paulo (60%) também disse que aceitaria uma tarifa mais alta se houvesse transparência e clareza sobre a forma como os recursos são aplicados.

 

Fonte: Agência Brasil.