As empresas do setor de saneamento estão otimistas com o futuro. Após a primeira rodada de concessões no ano passado, as companhias se preparam para as novas oportunidades que devem ocorrer ao longo deste ano e de 2022.
Para Teresa Vernaglia, CEO da BRK Amiental, o Brasil pode ter investimentos da ordem de R$ 50 bilhões por ano para alcançar as metas de universalização de acesso à água e esgoto até 2033. A afirmação da executiva ocorreu durante a webinar “Energia, política e economia no feminino”, realizada no dia 8 de março.
Para Leo Cesar Mello, CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis, as companhias privadas apresentam melhores condições de atuação para o desenvolvimento que o setor necessita. “Por ter mais agilidade em alocar investimentos e, portanto, maior capacidade de aplicar novas tecnologias para prestar um serviço de forma competitiva e eficiente”, diz o CEO.
“A segurança jurídica que o novo marco legal oferece também torna o país ainda mais atrativo para a entrada de novos players”, complementa o CEO da Allonda, que se afirma disposto a atuar fortemente no setor, com investimentos no que há de mais moderno.
Radamés Casseb, presidente da Aegea Saneamento, afirmou durante entrevista ao jornal Valor Econômico que a empresa continua se preparando para os próximos leilões de água e esgoto. A companhia mantém uma lista de investimentos no radar em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amapá e Pernambuco. “Há um amadurecimento das operadoras muito forte”, ressalta o executivo.
Para Regina Nunes, fundadora e CEO da RNA Capital, o momento é de continuar firme com os processos de concessão para não perder a tração: “Temos que evoluir, garantir segurança para investidores e apoiar operadores”.
Entre as novidades, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) prepara mais quatro projetos de saneamento no Nordeste, que devem ser lançados entre o final deste e de 2022. Com investimentos previstos de R$ 15,5 bilhões, que deverão beneficiar 8,28 milhões de habitantes, a região deve realizar a licitação de concessões na Paraíba e em mais dois blocos de municípios em Alagoas, além de uma Parceria Público-Privada no Ceará.