A Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) realizou a cerimônia digital de posse da nova Diretoria Executiva e Conselho de Administração para o biênio 2020-2022, no dia 7 de outubro.
Durante o discurso de posse, o novo presidente da Apecs, Ricardo Lazzari Mendes, destacou que o novo marco legal do saneamento é um divisor de águas para o país e vai ser um desafio para o setor: “O alcance das metas audaciosas estabelecidas na nova legislação terá como resultado a redução significativa das desigualdades brasileiras”.
Com papel relevante nas discussões de abastecimento de água e esgotamento sanitário, participando de diversos fóruns, a nova gestão quer fortalecer e ampliar a atuação da entidade. “A Apecs colocou no seu plano de trabalho incrementar os temas de limpeza urbana, manejo de resíduos, drenagem, infraestrutura verde”, aponta o dirigente.
Segundo Mendes, a associação vai reforçar o intercâmbio de experiências, ideias e soluções por meio de parcerias com outras instituições para a modernização do mercado. Para ele, o novo marco legal do saneamento vai impulsionar o setor e as empresas associadas podem oferecer uma importante expertise: “Planejar é o nosso dia a dia e podemos contribuir para empreendimentos melhores e com custos justos, que realmente atendam às demandas que foram apontadas. Investir em saneamento é deixar o atraso no passado”.
O dirigente lembrou das importantes parcerias com entidades como Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial), entre outras. Com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Mendes lembrou da longa parceria, que vem contribuindo para as ações de melhoria da qualidade dos empreendimentos da corporação.
Autoridades
A cerimônia de posse começou com o discurso do ex-presidente, e atual vice-presidente da Apecs, Luiz Pladevall, que defendeu que a Secretaria Nacional de Saneamento realize um planejamento de curto, médio e longo prazos para o setor e que faça um programa de apoio técnico aos estados e municípios.
“Com a perspectiva de atingimento das metas para dezembro de 2033, o Brasil terá uma demanda enorme para engenharia, e de estudos e projetos. E na engenharia operacional a demanda será atender as metas de redução de perdas. E as empresas associadas à Apecs estão preparadas e qualificadas para suprimir essa demanda”, pontuou Pladevall.
Arnaldo Jardim, deputado federal (Cidadania/SP), propôs uma agenda que deve permear o trabalho do setor, começando com os vetos do novo marco legal do saneamento: “É um debate importante e nós temos que conversar sobre isso”.
O parlamentar destacou ainda os debates sobre a nova lei de licitações, em discussão no Senado Federal: “Ela incorporou, não da forma como queríamos, mas incorporou o conceito de técnica para julgamento das propostas, importante para sairmos daquela vala comum em que a 8.666 [lei das licitações] empurrou toda a questão de consultoria”. Jardim ressaltou ainda que o Congresso Nacional deve votar em breve a nova lei de debêntures.
“O marco regulatório, diferente de muito o que se diz, não incentiva a privatização do setor. Ele incentiva a universalização do serviço, que vai ser conseguida através das empresas públicas e privadas competentes e que tenham evidentemente capacidade econômica financeira para o atingimento dessa universalização”, destacou Carlos Henrique da Cruz Lima, presidente do Conselho de Administração da Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas e Serviços Públicos de Água e Esgoto) e do Sindicon (Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto).
Lima salientou que as empresas precisarão de bons projetos para alcançar as metas: “O planejamento e o projeto são a base de tudo”, disse o dirigente. Ele ainda completou: “Acredito que nós atingimos um nível de maturidade para se fazer contratação de bons projetos, que vamos encontrar, evidentemente, nas associadas da Apecs”.
“Minha posição sempre foi em defesa da importância da Apecs. Apesar do nome de associação paulista, ela adquiriu uma dimensão nacional, atua como entidade nacional”, ressaltou Alceu Guérios Bittecourt, presidente da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).
O dirigente pontuou que vivemos um momento especial no país, mas com os riscos de se buscar atalhos: “O nosso papel é de reforçar que o planejamento é fundamental. O poder público precisa planejar. O poder concedente precisa ter um bom planejamento até para conceder os serviços adequadamente. Os prestadores de serviço também precisam planejar e ter bons projetos baseados em bons estudos de concepção. Isso é obvio, mas nem sempre é o que prevalece”.
Luiz Ricardo Santoro, secretário executivo da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, representou o secretário Marcos Penido na cerimônia. Ele avaliou que ao longo do tempo houve queda de qualidade dos projetos: “A nossa obrigação, sinto isso na Apecs e em todo esse grupo, que são grandes batalhadores da qualidade dos projetos de engenharia”.
O secretário de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo, Vitor Aly, pontuou as dificuldades para a valorização do bom projeto e da boa engenharia: “a lei precisa ser muito específica e nos ajudar a contratar bem”.
“Vivemos um momento histórico e entendo que o marco [do saneamento] vai fazer com que a engenharia volte a ser valorizada”, destacou o secretário.
Mônica Porto, diretora de Sistemas Regionais da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), ressaltou que as empresas reunidas na Apecs têm papel de extrema relevância no futuro do saneamento do país.
A diretora aponta o desafio para alcançar as metas em 2033: “É só com um bom time de consultores, um bom time de projetistas na área de engenharia, com bons projetos e principalmente com boas ideias e criatividade, para a gente conseguir cumprir essa data. Acho que é um dever social de todos nós melhorar a qualidade do saneamento no país”.
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
Ricardo Lazzari Mendes – (Geasa Engenharia)
Vice-Presidente
Luiz Roberto Gravina Pladevall – (CPS Engenharia)
Diretor Administrativo/Financeiro
Lucas Vannini Santesso – (Estática Engenharia)
Diretor de Meio Ambiente
Elzio Mistrelo – (Setec Hidrobrasileira)
Diretor de Desenvolvimento
Danny Dalberson de Oliveira – (Engecorps Engenharia)
Diretor Técnico
Luciano Afonso Borges – (Maubertec Engenharia)
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Ana Maria Valsecchi
JNS Engenharia
Ademir Guimarães
COBRAPE – Cia Brasileira
José Fernando Toledo Osório
LBR Engenharia
Marco Antonio Guardia
TCRE Engenharia
Mauricio Vizeu de Castro
VIZCA Engenharia
Roberto Teixeira França
ARCADIS Logos S.A.
Confira a cerimônia completa no link:
https://www.youtube.com/watch?v=wz0Qxred_4M
